A minha Lista de blogues

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domingo, 29 de março de 2015

PÉRIPLOS CULTURAIS EM 2015

Durante o decorrer de 2015 terão lugar as seguintes viagens temáticas em dois continentes, acompanhadas por Álvaro Figueiredo. Todos os interessados poderão obter informações detalhadas sobre as datas e os programas aqui anunciados através da morada de email deste site alvaro.a.figueiredo@gmail.com ou no caso da Argélia e Sudão, directamente através do link:
 
 


JORDÂNIA: ENTRE O PASSADO E O PRESENTE NO REINO HASHEMITA DA JORDÂNIA


8-17 de Março, 2015

Entre 8 e 17 de Março, 2015, realizou-se a viagem do Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arqueologia (GAMNA) à Jordânia, com a coordenação e acompanhamento de Álvaro Figueiredo.

O Reino Hashemita da Jordânia é um país rico de contrastes geográficos, que inclui o Vale do Rift, a grande falha geológica que se estende desde a África Oriental e que na Jordânia inclui o vale do rio Jordão e o Mar Morto (a cerca de 400 m abaixo do nível do mar, este é o ponto mais baixo do planeta), as montanhas do planalto fértil da Jordânia, e parte do grande deserto arábico. Com uma rica herança cultural e histórica, o país é, também, como que um vasto museu, no qual podemos seguir os passos da história da humanidade através de milhares de anos, desde os primórdios da vida agrícola, passando pelas civilizações urbanas da Idade do Bronze e os impérios dos Egípcios, Assírios, Babilónios, Persas, Macedónios e Romanos. A Jordânia faz também parte de um espaço geográfico e ideológico que, desde a antiguidade, é conhecido como Terra Santa, pois aqui tiveram lugar alguns dos acontecimentos descritos no Antigo e Novo Testamentos, enquanto durante o século VII da nossa era, foi um dos primeiros territórios a receber o novo credo do Islão. Este programa de 10 dias convida a uma viagem através do tempo, por paisagens repletas de impressionantes ruínas arqueológicas, como a Jerash romana e a Petra dos nabateus, testemunhos de um passado glorioso; pelas cidades de Amman, Madaba e Kerak, localizadas no fértil planalto transjordano; a uma incursão ao grande Deserto Arábico onde teremos oportunidade de passar uma noite num acampamento beduíno, em wadi Rum; a repousar entre as águas azuis e corais do Mar Vermelho no Golfo de Aqaba, ou ainda, a disfrutar da paisagem agreste, mas de uma enorme beleza natural do vale do Rift nas margens do Mar Morto.


IRÃO: A PÉRSIA IMPERIAL NA ROTA DA SEDA
 
4-18 de Maio, 2015  


Situado numa região do globo que se situa entre as esferas culturais do Médio Oriente e da Ásia Central, o Irão é um país com uma longa e complexa história. O seu território, atravessado por uma série de rotas comerciais que se estendiam da China ao Mediterrâneo, a chamada Rota da Seda, cedo atraiu gentes com os seus produtos exóticos, ideias e religiões. o Irão moderno, na sua variada composição étnica – Persas, Azaris Turcos, Curdos, Árabes, Baluquis, Turcomanos, Lors e vários grupos nómadas – reflecte essa rica e complexa herança histórico-cultural e a sua privilegiada situação geográfica. O país possui também uma paisagem de uma grande beleza natural, que inclui montanhas monumentais, cujos cumes se cobrem de neve durante todo o inverno, extensas planícies férteis e imponentes desertos.
Esta viagem de 15 dias explora essa rica herança histórico-cultural e a grande beleza natural do país, num percurso que convida também a viver o Irão presente, na sua gastronomia e nas suas gentes; passeando pelos grandes bazares de Teerão, Kerman, Shiraz e Isfahan; a repousar nas suas casas de chá, entre os aromas exóticos do fumo do tabaco do narguileh (cachimbo de água), e a magia dos poemas de Hafez ou Sa’di acompanhados ao som de musica clássica persa; a observar os artífices a trabalhar no grande bazar de Isfahan; ou ainda, a uma viagem de dhow no mar turquesa do Estreito de Ormuz, no Golfo Pérsico, em direcção à Ilha de Ormuz e a um passado comum recente, partilhado com Portugal. 

 
Argélia: 

entre o Mediterrâneo e o Sahara
9-20 de Junho, 2015
 
A Argélia é o maior país do Mediterrâneo e do continente africano e integra parte do território ao qual os árabes denominaram de Magrebe – a “terra de poente”. Ainda que grande parte do seu território seja constituído por deserto, no norte sempre existiram condições favoráveis para o estabelecimento de comunidades humanas ao longo da longa costa mediterrânica. Importantes rotas caravaneiras atravessavam o Sahara argelino, transportando produtos exóticos do interior africano, tal como o ouro, o marfím, escravos e animais selvagens, para os centros urbanos do norte. Esta prosperidade, e a riqueza agrícola da faixa costeira, fizeram com que esta zona cedo se tornasse num pólo de atracção para gentes provenientes de outras partes do Mediterrâneo. Colonos fenícios, provenientes das cidades da costa Sírio-Libanesa, como Tiro, e, mais tarde, da cidade Púnica de Cartago, na Tunísia, estabelecem-se na região, fundando cidades como Tipasa, que se tornaram grandes empórios comerciais.
 
Em finais do século I a.C. a região era governada pelo rei berber Juba II e sua mulher Cleopatra Selene (filha de Marco Antonio e da famosa Cleopatra VII do Egipto), aliados de Roma e amigos do imperador Augusto. Mais tarde, após a morte de seu filho, estes territórios seriam incorporados no Império Romano, mantendo os seus costumes e a sua língua. Aos Romanos, seguiram-se Vândalos e, durante a segunda metade do século VII, a região seria incorporada num vasto império árabo-islâmico que se estendia do Atlântico à China ocidental. Durante os séculos XIII-XVI o país foi governado por grandes dinastias autóctones, até ser incorporado no Império Otomano, numa altura em que cidades como Argel eram grandes portos de corsários, funcionando como porta de acesso ao interior africano, com os seus magníficos bazares que ainda hoje se prolongam por ruas estreitas, e edifícios de paredes brancas e portas verdes, a cor do Paraíso islâmico.
 
Este percurso de 12 dias convida a uma viagem através do tempo, por cidades e aldeias do presente e do passado, por paisagens de uma grande beleza natural, entre as terras férteis da costa mediterrânica do Magrebe e o grande Deserto do Sahara, com a sua variada geologia e grandes oásis, em busca do passado, numa região rica em tradição e hospitalidade.
 
UZBEQUISTÃO - IMPÉRIOS DA ROTA DA SEDA
 
17-28 de Setembro, 2015
 
As cidades encantadas do Uzbequistão – Samarkanda, Bukhara, Khiva e Shakhrisabz – situadas na Rota da Seda, a rota de comércio ancestral que ligava a China ao mundo mediterrânico. O Uzbequistão preserva relíquias de um mundo passado quando a Ásia Central era centro de impérios e as suas cidades grandes centros do conhecimento científico e das artes, existindo no imaginário Ocidental como símbolos de um mundo longínquo de encanto e mistério.
Neste programa de 12 dias, partimos de Tashkent, a capital do Uzbequistão, em direcção a esse passado glorioso, passando pela famosa cidade-museu de Khiva, envolta em muralhas, com as suas mesquitas e palácios decorados com azulejos azuis e brancos; para  Bukhara, cidade do deserto, um dos grandes centros intelectuais do mundo Islâmico, cuja importância se reflecte nos seus inúmeros e impressionantes monumentos e no seu extenso e colorido bazar, reminiscente das Mil e Uma Noites. Entre Bukhara e Samarkanda, o percurso convida a uma incursão no grande Deserto de Kizilkum, para uma noite passada num acampamento nómada, numa yurt, um tipo de tenda circular característica da região; antes de continuarmos para Shahrisbaz, cidade natal de Timur, e para a grande capital imperial de Samarkanda, repleta de monumentos construídos por Timur e seu neto, Ulugbek. Tudo isto faz do Uzbequistão um vasto museu; mas é também um museu vivo, nos seus costumes ancestrais que se vivem ainda nas ruas dos bairros antigos de Khiva, Bukhara e Samarkanda, nos amplos bazares e casas de chá, este último um dos muitos produtos preciosos que, durante séculos, foram comercializados ao longo da Rota da Seda.
 
SUDÃO:
EM BUSCA DAS PIRÂMIDES E TEMPLOS DOS FARAÓS NEGROS DO ANTIGO REINO DE KUSH
 
21-31 de Outubro, 2015


30 de Outubro - 9 de Novembro, 2015
 
Este programa de 11 dias convida à descoberta de uma paisagem idílica que se estende ao longo das margens do vale do Nilo sudanês, por cataratas, campos cultivados e a beleza espectacular do deserto do Sahara.
 
Nesta viagem a um mundo passado – de Napata e dos faraós negros da XXV dinastia, do lendário reino kushita de Meroe, dos reinos cristãos de Nobatia e Makuria, e dos califas do Islão – e a um Sudão do presente, que se vive nas ruas, mercados e cafés de Omdurman, Dongola e Karima, seguimos nos passos dos primeiros exploradores que por aqui passaram em busca da fonte do Nilo, entre a cidade de Khartum, onde o Nilo Azul e o Nilo Branco se unem, e a Núbia sudanêsa, antiga porta de acesso ao interior Africano. Este percurso pelo Nilo sudanês convida também a visitar algumas das suas maravilhas arqueológicas, como a magnífica colecção do Museu Nacional de Khartum, onde se encontram algumas das antiguidades removidas durante a construção da Grande Barragem de Assuão, e os monumentos faraónicos da Núbia sudanesa, incluíndo o grande templo de Soleb construído pelo faraó egípcio Amenhotep III, o Grande Templo de Amun em Jebel Barkal, as pirâmides de el-Kurru e Nuri, e a capital do antigo reino de Meroe.
 
No norte do país, na Núbia sudanesa, teremos ainda oportunidade de conhecer de perto a cultura núbia, ficando alojados numa casa tradicional núbia localizada na aldeia de Soleb, com uma vista magnífica para o templo de Soleb. Desde a antiguidade faraónica que os núbios constituem a população autóctone do vale do Nilo entre a primeira catarata em Aswão, no sul do Egipto, e a quinta catarata localizada no norte do actual Sudão. Famosos pela sua hospitalidade, os núbios possuem uma cultura ancestral que se reflecte também na sua arquitectura doméstica, contruída com materiais locais, como o tijolo de adobe manufacturado com argila do Nilo, e troncos de palmeira. Esta arquitectura perfeitamente adaptada às condições climatéricas da região, utiliza paredes espessas, tectos em cúpola e pátios interiores que protegem do calor exterior e da luz intensa do sol, contribuindo para criar um ambiente interior com uma temperatura mais fresca e agradável.
 
Observação importante: durante os últimos meses, um outro país que infelizmente partilha o mesmo nome com o Sudão, o Sudão do Sul, encontra-se em conflito armado intermitente; felizmente este problema desenrola-se a uma grande distância, não afetando o atual Sudão, incluindo a região para onde nos deslocamos, situada no extremo norte do país.