Durante
o decorrer de 2015 terão lugar as seguintes viagens temáticas em dois
continentes, acompanhadas por Álvaro Figueiredo. Todos os interessados poderão
obter informações detalhadas sobre as datas e os programas aqui anunciados
através da morada de email deste site alvaro.a.figueiredo@gmail.com ou no caso da Argélia e Sudão, directamente
através do link:
JORDÂNIA: ENTRE O PASSADO E O PRESENTE NO REINO HASHEMITA DA JORDÂNIA
8-17 de Março, 2015
Entre 8 e 17 de Março, 2015, realizou-se a viagem do Grupo de Amigos do
Museu Nacional de Arqueologia (GAMNA) à Jordânia, com a coordenação e
acompanhamento de Álvaro Figueiredo.
O Reino Hashemita da Jordânia é um país
rico de contrastes geográficos, que inclui o Vale do Rift, a grande falha
geológica que se estende desde a África Oriental e que na Jordânia inclui o
vale do rio Jordão e o Mar Morto (a cerca de 400 m abaixo do nível do mar, este
é o ponto mais baixo do planeta), as montanhas do planalto fértil da Jordânia,
e parte do grande deserto arábico. Com
uma rica herança cultural e histórica, o país é, também, como que um vasto
museu, no qual podemos seguir os passos da história da humanidade através de
milhares de anos, desde os primórdios da vida agrícola, passando pelas
civilizações urbanas da Idade do Bronze e os impérios dos Egípcios, Assírios,
Babilónios, Persas, Macedónios e Romanos. A Jordânia faz também parte de um
espaço geográfico e ideológico que, desde a antiguidade, é conhecido como Terra
Santa, pois aqui tiveram lugar alguns dos acontecimentos descritos no Antigo e
Novo Testamentos, enquanto durante o século VII da nossa era, foi um dos
primeiros territórios a receber o novo credo do Islão. Este programa de 10 dias convida a uma viagem através do
tempo, por paisagens repletas de impressionantes ruínas
arqueológicas, como a Jerash romana e a Petra
dos nabateus, testemunhos de um passado glorioso; pelas cidades de Amman,
Madaba e Kerak, localizadas no fértil planalto transjordano; a uma incursão ao
grande Deserto Arábico onde teremos oportunidade de passar uma noite num
acampamento beduíno, em wadi Rum; a repousar entre as águas azuis e corais do Mar Vermelho no Golfo de Aqaba, ou ainda, a disfrutar da paisagem agreste, mas de uma enorme beleza
natural do vale do Rift nas margens do Mar Morto.
IRÃO: A PÉRSIA IMPERIAL NA ROTA DA SEDA
4-18 de Maio, 2015
Situado numa região do globo que se situa entre as
esferas culturais do Médio Oriente e da Ásia Central, o Irão é um país com uma
longa e complexa história. O seu território, atravessado por uma série de rotas
comerciais que se estendiam da China ao Mediterrâneo, a chamada Rota da Seda,
cedo atraiu gentes com os seus produtos exóticos, ideias e religiões. o Irão
moderno, na sua variada composição étnica – Persas, Azaris Turcos, Curdos,
Árabes, Baluquis, Turcomanos, Lors e vários grupos nómadas – reflecte essa rica
e complexa herança histórico-cultural e a sua privilegiada situação geográfica.
O país possui também uma paisagem de uma grande beleza natural, que inclui
montanhas monumentais, cujos cumes se cobrem de neve durante todo o inverno,
extensas planícies férteis e imponentes desertos.
Esta viagem de 15 dias explora essa rica herança
histórico-cultural e a grande beleza natural do país, num percurso que convida
também a viver o Irão presente, na sua gastronomia e nas suas gentes; passeando
pelos grandes bazares de Teerão, Kerman, Shiraz e Isfahan; a repousar nas suas
casas de chá, entre os aromas exóticos do fumo do tabaco do narguileh (cachimbo
de água), e a magia dos poemas de Hafez ou Sa’di acompanhados ao som de musica
clássica persa; a observar os artífices a trabalhar no grande bazar de Isfahan;
ou ainda, a uma viagem de dhow no mar turquesa do Estreito de Ormuz, no Golfo
Pérsico, em direcção à Ilha de Ormuz e a um passado comum recente, partilhado
com Portugal.
Argélia:
9-20 de Junho,
2015
entre o Mediterrâneo e o Sahara
A Argélia é o maior país do
Mediterrâneo e do continente africano e integra parte do território ao qual os
árabes denominaram de Magrebe – a “terra de poente”. Ainda que grande parte do
seu território seja constituído por deserto, no norte sempre existiram
condições favoráveis para o estabelecimento de comunidades humanas ao longo da
longa costa mediterrânica. Importantes rotas caravaneiras atravessavam o Sahara
argelino, transportando produtos exóticos do interior africano, tal como o
ouro, o marfím, escravos e animais selvagens, para os centros urbanos do norte.
Esta prosperidade, e a riqueza agrícola da faixa costeira, fizeram com que esta
zona cedo se tornasse num pólo de atracção para gentes provenientes de outras
partes do Mediterrâneo. Colonos fenícios, provenientes das cidades da costa
Sírio-Libanesa, como Tiro, e, mais tarde, da cidade Púnica de Cartago, na
Tunísia, estabelecem-se na região, fundando cidades como Tipasa, que se
tornaram grandes empórios comerciais.
Em finais do século I a.C. a região era
governada pelo rei berber Juba II e sua mulher Cleopatra Selene (filha de Marco
Antonio e da famosa Cleopatra VII do Egipto), aliados de Roma e amigos do
imperador Augusto. Mais tarde, após a morte de seu filho, estes territórios
seriam incorporados no Império Romano, mantendo os seus costumes e a sua
língua. Aos Romanos, seguiram-se Vândalos e, durante a segunda metade do século
VII, a região seria incorporada num vasto império árabo-islâmico que se
estendia do Atlântico à China ocidental. Durante os séculos XIII-XVI o país foi
governado por grandes dinastias autóctones, até ser incorporado no Império
Otomano, numa altura em que cidades como Argel eram grandes portos de
corsários, funcionando como porta de acesso ao interior africano, com os seus
magníficos bazares que ainda hoje se prolongam por ruas estreitas, e edifícios
de paredes brancas e portas verdes, a cor do Paraíso islâmico.
Este percurso de 12 dias convida a uma
viagem através do tempo, por cidades e aldeias do presente e do passado, por
paisagens de uma grande beleza natural, entre as terras férteis da costa
mediterrânica do Magrebe e o grande Deserto do Sahara, com a sua variada
geologia e grandes oásis, em busca do passado, numa região rica em tradição e
hospitalidade.
UZBEQUISTÃO - IMPÉRIOS DA ROTA DA SEDA
17-28 de Setembro, 2015
As
cidades encantadas do Uzbequistão – Samarkanda, Bukhara, Khiva e Shakhrisabz –
situadas na Rota da Seda, a rota de comércio ancestral que ligava a China ao
mundo mediterrânico. O Uzbequistão preserva relíquias de um mundo passado
quando a Ásia Central era centro de impérios e as suas cidades grandes centros
do conhecimento científico e das artes, existindo no imaginário Ocidental como
símbolos de um mundo longínquo de encanto e mistério.
Neste
programa de 12 dias, partimos de Tashkent, a capital do Uzbequistão, em
direcção a esse passado glorioso, passando pela famosa cidade-museu de Khiva,
envolta em muralhas, com as suas mesquitas e palácios decorados com azulejos
azuis e brancos; para Bukhara, cidade do
deserto, um dos grandes centros intelectuais do mundo Islâmico, cuja
importância se reflecte nos seus inúmeros e impressionantes monumentos e no seu
extenso e colorido bazar, reminiscente das Mil e Uma Noites. Entre Bukhara e
Samarkanda, o percurso convida a uma incursão no grande Deserto de Kizilkum,
para uma noite passada num acampamento nómada, numa yurt, um tipo de tenda circular característica da região; antes de
continuarmos para Shahrisbaz, cidade natal de Timur, e para a grande capital
imperial de Samarkanda, repleta de monumentos construídos por Timur e seu neto,
Ulugbek. Tudo isto faz do Uzbequistão um vasto museu; mas é também um museu
vivo, nos seus costumes ancestrais que se vivem ainda nas ruas dos bairros
antigos de Khiva, Bukhara e Samarkanda, nos amplos bazares e casas de chá, este
último um dos muitos produtos preciosos que, durante séculos, foram
comercializados ao longo da Rota da Seda.
SUDÃO:
EM BUSCA DAS PIRÂMIDES E TEMPLOS DOS FARAÓS NEGROS DO ANTIGO REINO DE
KUSH
21-31 de Outubro,
2015
30 de Outubro - 9 de Novembro, 2015
30 de Outubro - 9 de Novembro, 2015
Este programa de 11 dias convida
à descoberta de uma paisagem idílica que se estende ao longo das margens do
vale do Nilo sudanês, por cataratas, campos cultivados e a beleza espectacular
do deserto do Sahara.
Nesta viagem a um mundo passado –
de Napata e dos faraós negros da XXV dinastia, do lendário reino kushita de
Meroe, dos reinos cristãos de Nobatia e Makuria, e dos califas do Islão – e a
um Sudão do presente, que se vive nas ruas, mercados e cafés de Omdurman,
Dongola e Karima, seguimos nos passos dos primeiros exploradores que por aqui
passaram em busca da fonte do Nilo, entre a cidade de Khartum, onde o Nilo Azul
e o Nilo Branco se unem, e a Núbia sudanêsa, antiga porta de acesso ao interior
Africano. Este percurso pelo Nilo sudanês convida também a visitar algumas das
suas maravilhas arqueológicas, como a magnífica colecção do Museu Nacional de
Khartum, onde se encontram algumas das antiguidades removidas durante a
construção da Grande Barragem de Assuão, e os monumentos faraónicos da Núbia
sudanesa, incluíndo o grande templo de Soleb construído pelo faraó egípcio
Amenhotep III, o Grande Templo de Amun em Jebel Barkal, as pirâmides de
el-Kurru e Nuri, e a capital do antigo reino de Meroe.
No norte do país, na Núbia
sudanesa, teremos ainda oportunidade de conhecer de perto a cultura núbia,
ficando alojados numa casa tradicional núbia localizada na aldeia de Soleb, com
uma vista magnífica para o templo de Soleb. Desde a antiguidade faraónica que os núbios constituem a população
autóctone do vale do Nilo entre a primeira catarata em Aswão, no sul do Egipto,
e a quinta catarata localizada no norte do actual Sudão. Famosos pela sua
hospitalidade, os núbios possuem uma cultura ancestral que se reflecte também
na sua arquitectura doméstica, contruída com materiais locais, como o tijolo de
adobe manufacturado com argila do Nilo, e troncos de palmeira. Esta
arquitectura perfeitamente adaptada às condições climatéricas da região,
utiliza paredes espessas, tectos em cúpola e pátios interiores que protegem do
calor exterior e da luz intensa do sol, contribuindo para criar um ambiente
interior com uma temperatura mais fresca e agradável.
Observação importante: durante os últimos
meses, um outro país que infelizmente partilha o mesmo nome com o Sudão, o
Sudão do Sul, encontra-se em conflito armado intermitente; felizmente este
problema desenrola-se a uma grande distância, não afetando o atual Sudão,
incluindo a região para onde nos deslocamos, situada no extremo norte do país.